
Claro que as grandes empresas e departamentos de Recursos Humanos têm os seus próprios (e sofisticados) métodos para contratar, mas o fato é que para ser selecionado por qualquer instituição é preciso saber jogar o jogo e se destacar em meio a imensidade de currículos que qualquer contrante recebe no Brasil – e essas dicas vão valer principalmente para quem ainda é iniciante e está participando de programas seletivos ou então de projetos governamentais como o Programa Jovem Aprendiz.
1. Nunca diga que foi negado ou que é o seu primeiro emprego
Bem. Não ser negado em algo é um bom ponto de partida para tentar, mas não para conseguir um posto de trabalho. Para que uma empresa se concentre em você e se coloque contar contigo, você deve fazê-lo ver que você pode aumentar o valor. Não vale apenas com jurar que não vai fazer voar o negócio no ar.
Destaca seus pontos fortes e ressalta aquilo em que você é bom. Se o melhor que você pode dizer sobre as suas qualidades para enfrentar umas tarefas determinadas, é que não é negado, é que esse trabalho não é para você. Procura outro que você goste mais e onde você pode contribuir com suas muitas virtudes.
Conclusão: Não digas nunca esta frase inoportuna, e sob nenhum conceito insista nisso, como foi o caso, acrescentando que “Não se me dá especialmente mal (o setor)”.
2.- Copiar e colar é permitido, mas com cuidado
Toda empresa é consciente de que a sua não é a única que você enviou seu currículo, mas isso não significa que não precise de ver algum interesse em fazer parte de seu projeto da sua parte.
95% dos e-mails que recebemos durante a nossa pesquisa não incluíam nenhuma referência à empresa. Como muito algum e-mail mencionava o nome da startup no cumprimento, mas posso contar nos dedos de uma mão os candidatos que se referiram ao que fazemos ou que dedicaram algumas palavras a nossa atividade.
Quanto mais excepcional é a atividade de uma empresa, mais se sente falta de uma referência na postulação de um candidato. Se você digitar uma empresa que vende munição para matar zumbis para trabalhar nela (se você está se perguntado: sim, existe), o mencionarías o interessante que é o que fazem? Então faça isso também quando você digita uma empresa que há algo diferente. Vão gostar de saber que você, no mínimo, seu valor diferencial.
Claro, se você faz copy-paste, não se esqueça de apagar aquelas referências que você tenha feito a outras companhias em e-mails anteriores. O fato de que se atribui ao seu negócio uma atividade que não lhe corresponde ou que lhe chamem por outro nome é bastante perturbador (como diria o nosso programador, Eduardo).
Conclusão: Se você acha que você deu com o texto perfeito para concorrer a uma empresa via e-mail, não hesite em voltar a usá-lo na hora de tocar outras portas. Isso sim, verifique atentamente e personalize-o o máximo possível. Uma referência ou e-mail para a empresa dentro do contexto nunca sobra. A todos nós gostamos de que nos piropeen!
3.- Cuidado para não repetir as mesmas palavras ou ser muito enfático no “sim senhor”
“Ufa!”. Isso é a primeira coisa que me vem à cabeça quando começo um e-mail com estas três palavras. Assim como o chefe lhe será estranho receber um e-mail em que alguém lhe cumprimenta com um “o Que acontece, chefe!”, para nós, que trabalhamos em uma startup nos parece igualmente raro que alguém se dirija a nós com um “sim, senhor.
Podemos dizer que neste ponto (como todos os outros) é bastante subjetivo, mas me vem ao cabelo para influenciar a importância de investigar a empresa com a qual você está projetando. Alguém que tivesse tomado uma olhada rápida em nosso site ou se tivesse lido um par de entrevistas com os chefes publicadas na mídia, não se teria dirigido a nós nesses termos.
Conclusão: Antes de pressionar o botão ‘enviar’, informe-se bem de quem está do outro lado da tela. Quando chegam dezenas de e-mails e o tempo para analisá-los é limitado, a primeira impressão ao abrir o e-mail ganha relevância. A forma em que se expressa a cada candidato dá uma idéia de como é o seu perfil, a quem lê, que de maneira involuntária, ele cria uma imagem mental e analisar se ele se encaixa com a filosofia da empresa. Estuda o caráter da empresa e adapta a sua mensagem.
4.- Você não sabe quem eu sou?
Se a empresa decide chamar você tem que estar preparado. Tenta reter o nome de todas aquelas às quais você enviou o seu currículo ou, pelo menos, que eu te tocar, se alguém te mencionou.
Se, naquele momento, se é impossível entendê-lo, conserva o nome o máximo possível e, ao pendurar dedica cinco minutos do seu tempo precioso para comparar o que você entendeu com os nomes das empresas, que tens escrito. De certeza que quando você ler a empresa em questão, ver claro.
Conclusão: mais uma vez, é evidente que as startups não são as únicas que recebem currículos, mas que nem sequer se soar o nome dá uma ideia de sua nulo interesse em fazer parte do projeto. Retentor os nomes. Se for necessário, tem um post it no bolso que lhe sirva como chuleta.
5.- Faça perguntas
Este pode ser o ponto mais óbvio dos nove, mas nem por isso vamos deixar de insistir. Apesar do que se insiste na necessidade de fazer perguntas em uma entrevista (embora o entrevistado, a priori, sejas tu), o certo é que muito poucos candidatos que entramos em contato durante estes dias, nos formulou alguma.
Uma pergunta sobre algo muito óbvio de nosso produto durante a entrevista é um tiro no pé com difícil solução. O encontro pode estar indo da melhor forma possível, mas se de repente você faz uma pergunta que evidencia que não sabe nem o que faz a empresa, você terá perdido todos os pontos ganhos até o momento.
Conclusão: Voltamos para o mesmo, a necessidade de fazer uma investigação prévia, desta vez para trocar ideias com o entrevistador. De outra forma, parece que você não está interessado o suficiente no posto.