Pesquisas anteriores colocaram em incerteza a eficácia dos cigarros eletrônicos como substitutos do tabaco. Gottlieb declarou várias vezes confiar que cigarros eletrônicos e outros produtos, conhecidos como sistemas eletrônicos de provisão de nicotina, podem ser opções efetivas para adultos que desejam parar de fumar, porém, sentem necessidade de nicotina.
Beatos se solidariza com pessoas que buscam produtos eletrônicos para entrega de nicotina, popularmente conhecidos como vaporizadores e cigarros eletrônicos, e considera relevante que o País discuta sua regulamentação.
Qual é a opção para essas pessoas? Presentemente, oficialmente, nenhuma. “Desgraçadamente a gente tem muita desinformação sobre cigarros eletrônicos no Brasil”, diz.
Nada obstante, várias organizações de saúde e investigação, incluindo Fórum Mundial das Sociedades Respiratórias, a Associação Americana para a Investigação do Cancro e a Sociedade Americana de Oncologia Clínica, bem como a Sociedade Portuguesa de Pneumologia recomendam a restrição do uso de cigarro eletrônico até que exista evidência da sua segurança.
RIO – Este já foi bastante alardeado como uma estratégia segura para quem deseja suspender qual o melhor fumar, e, embora tenha venda proibida no Brasil, não é difícil comprá-lo na web ou até em lojinhas de rua. Nada obstante, cigarrilha eletrônica reúne hoje em dia à volta de si um consenso entre especialistas: este carrega, sim, substâncias que prejudicam a saúde, desta maneira seu uso oferece riscos que incluem obstáculos cardiovasculares e câncer de pulmão. Até a indústria do tabaco admite isso.
O dispositivo eletrônico, de popularidade crescente principalmente entre os jovens, funciona aquecendo um líquido que amiúde contém nicotina, transformando- em vapor que é aspirado, da mesma forma que os cigarros tradicionais, mas sem a fumaça.
Os líquidos e vapor nesse dispositivo contêm – além de água, nicotina e odor – produtos químicos como glicerol, propilenoglicol e acroleína tóxica. “Metais como estanho, zinco e cobre podem ser liberados pela unidade de aquecimento” acresceu a investigador da Universidade de Nova York.
Da ótica de saúde pública, a popularização do cigarro eletrônico deve significar um passo atrás no controle do tabagismo. Já há, inclusive, pessoas que ambicionam fumar e-tabaco em locais fechados, pois acham que fumo passivo deste tipo de tabaco é seguro.
Fumantes adoecem com mais regularidade que não fumantes. Como os estudos, isso acontece porque tabaco prejudica sistema imunológico. Isso também deve ser verdade para os usuários dos e-cigarros, afirmou a toxicologista Ilona Jaspers, da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill.
No Brasil, a comercialização dos cigarros eletrônicos é proibida pela Agência Pátrio de Saúde. A Anvisa diz que não há estudos que comprovem que esses dispositivos trazem menos risco à saúde. O consumo dos cigarros eletrônicos não é recomendado. “Qualquer produto derivado do tabaco desculpa sujeição e é pernicioso à saúde”, adverte Andrea Reis, do INCA.